Artigo
8 Grandes Histórias De George Orwell.
“A linguagem política, destina-se a fazer com que a mentira soe como verdade e o crime se torne respeitável, bem como a imprimir ao vento uma aparência de solidez” ― George Orwell
De fato, o escritor Eric Arthur Blair é um dos mais conhecidos e populares do mundo. Calma, eu estou falando de George Orwell, o pseudônimo de Eric. Sua história é conhecida por deixar em suas obras a indignação contra o comunismo e fascismo, podemos ver isso claramente nas 2 obras mais populares do autor “A Revolução dos Bichos” e “1984”. Mas, além desses clássicos, Orwell tem outras grandes obras que merecem a sua atenção. Confira a lista.
Na Pior em Paris e Londres (1933)
No final do anos 20, decidido a tornar-se escritor, o jovem Eric Arthur Blair resolveu viver uma experiência pioneira e radical: submeter-se à pobreza extrema – e depois narrá-la. Em 1928, instalou-se em Paris com algumas economias e começou a dar aulas de inglês – mas em pouco tempo perdeu os alunos e foi roubado. Sem dinheiro, passou fome, penhorou as próprias roupas, trabalhou em restaurantes sórdidos e por fim partiu para a Inglaterra. Enquanto esperava por um emprego incerto, radicalizou ainda mais sua experiência convivendo intensamente com os mendigos de Londres, perambulando de albergue em albergue, atrás de dormida, comida e tabaco. É essa vivência miserável que Orwell relata com humor e indignação, distanciamento e participação. Recusado por várias editoras inglesas, o livro só foi do em 1933, trazendo, pela primeira vez, o pseudônimo que consagraria um dos maiores escritores do século XX.
Dias da Birmânia (1934)
John Flory não esconde sua impaciência para com a vida de madeireiro na Birmânia (atual Mianmar) dos anos 1920, quando o remoto país asiático era uma colônia britânica. No clube de brancos racistas e bêbados que frequenta, Flory é considerado um bolchevique por ser amigo dos “negros”, isto é, os nativos do lugar. “Expressar-se livremente é impensável”, diz Flory, sobre a miserável existência na colônia.“Você é livre para virar um bêbado, ocioso, covarde, maledicente, fornicador; mas não é livre para pensar por si mesmo.” Apesar de não esconder sua estreita amizade com o médico local, um indiano honesto e dedicado, Flory demonstra relutância em defendê-lo abertamente, junto aos membros do clube europeu, contra as calúnias de U Po Kyin, magistrado nativo corrupto e ambicioso. A chegada de Elizabeth, uma jovem inglesa, faz o calejado administrador enxergar sua única chance de construir uma vida digna e feliz. Mas o angustiado Flory, um dos mais complexos e apaixonantes personagens modelados pelo gênio de George Orwell, parece não ter o poder de mudar o rumo dos acontecimentos.
A Filha do Reverendo (1935)
A Filha do Reverendo conta a história de Dorothy Hare, a filha de um Pastor, cuja vida é virada de cabeça para baixo quando ela sofre um ataque de amnésia. É o romance mais experimental de Orwell, com um capítulo inteiramente escrito em forma dramática, no entanto não ficou satisfeito com o resultado e deixou instruções para que após a sua morte o romance não voltasse a ser reimpresso.
A Flor da Inglaterra (1936)
A Caminho de Wigan (1937)
Em A caminho de Wigan , George Orwell infiltra-se, como a água da chuva e o frio por entre as brechas das casas degradadas, na vida das comunidades de mineiros do Lancanshire, descendo com estes homens infaustos e desesperançados às minas e às catacumbas da existência humana. Orwell assume assim a sua origem nobre, não por ser essa a sua condição social e a origem da sua educação, mas porque conseguiu, sob a negregura da pele alheia, encontrar-se a si mesmo, o que afinal também se verifica a seguir, quando aborda a embaraçosa questão da elevada taxa de desemprego e as consequentes miserandas condições de vida. A partir daí, e já na segunda parte do livro, como uma consequência natural da experiência anterior, uma luz depois de um longo e escuro corredor subterrâneo, Orwell avança com as suas ideias, ou ideais, sobre o socialismo, sobre a forma crítica como este poderia ser aplicado e subsidiar a construção de outro mundo, longe do futuro previsto em Mil Novecentos e Oitenta e Quatro.