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Artigo

A Nova Realidade Da Telemedicina
02/01/2021 Priscila Germosgeschi

A NOVA REALIDADE DA TELEMEDICINA

 

Como a tecnologia vem dando suporte às novas necessidades do setor durante a pandemia do Covid-19

11 SET 2020 | COMPORTAMENTOS EMERGENTES

POR GLOBO

A telemedicina não é um tema novo, mas por conta da pandemia da Covid-19 tornou-se pauta essencial. Mesmo sendo eficiente em tempos de distanciamento social, a solução põe em discussão outros problemas da saúde.

O projeto de lei aprovado na Câmara define como “o exercício da medicina mediado por tecnologias para fins de assistência, pesquisa, prevenção de doenças e lesões e promoção de saúde”

Fonte: www.in.gov.br/en/web/dou/-/lei-n-13.989-de-15-de-abril-de-2020-252726328

Mas, a lei é enquanto durar a pandemia do novo Coronavírus

Cenário da telemedicina antes da Covid-19:

O Brasil já tinha uma resolução sobre telemedicina, de 2002. As regras sobre o tema definem que ela pode ser usada para assistência, educação e pesquisa em saúde.
No começo de 2019 foi proposta uma nova resolução que passa de 7 para 23 artigos e regulamenta diversos serviços relacionados à tecnologia (como teleconsulta, telediagnóstico e telecirurgia). Porém, a nova resolução foi revogada e manteve as regras de 2002.

Fonte: G1/2019

A telemedicina está se tornando eficaz no período em que as aglomerações precisam ser evitadas, mas é um caminho sem volta para resolução de outros problemas da saúde.

Estima-se que cerca de 1,6 milhão de pessoas em países de média e baixa renda morram por ano no mundo, por falta de acesso a serviços médicos.

Fonte: Infomoney – Dado de um estudo conduzido pela Comissão de Saúde Global de Alta Qualidade, financiada pela Fundação Bill e Melina Gates

Em pesquisa feita com médicos, no Brasil, antes da pandemia:

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Fonte: Associação Paulista de Medicina - Pesquisa Conectividade e Saúde Digital na Vida do Médico Brasileiro – Fev/2020 - Participaram 2.258 médicos brasileiros, das 55 especialidades (Do total de respondentes, 60,54% são do sexo masculino e 39,46% do feminino)

Possíveis barreiras que impediriam a utilização de tecnologias de comunicação on-line:

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Compreendendo a tendência de estarmos cada vez mais conectados, os médicos enxergam a telemedicina para suas carreiras como:

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Fonte: Associação Paulista de Medicina - Pesquisa Conectividade e Saúde Digital na Vida do Médico Brasileiro – Fev/2020 - Participaram 2.258 médicos brasileiros, das 55 especialidades (Do total de respondentes, 60,54% são do sexo masculino e 39,46% do feminino)

O tema está em alta com a Covid-19

 

Busca pelo termo “telemedicina” no Brasil, nos últimos 5 anos

 

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Fonte: Google Trends Brasil – “telemedicina” nos últimos 12 meses

Termos de busca relacionados à telemedicina pesquisados de Março a Maio/2020:

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Fonte: Google Ads 0 Key Planner de Mar/20 a Mai/20

Em pesquisa realizada pela Opinion Box, 37% dos entrevistados tiveram que fazer uma consulta ou atendimento médico durante a pandemia. Destes:

47% fizeram uma consulta de rotina
37% tiveram uma emergência médica
35% precisaram continuar um tratamento que já estavam fazendo

Dos entrevistados que fizeram uma consulta ou atendimento médico

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Já tinha feito atendimento não presencial?
*Entre os que tiveram atendimento não presencial

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Fonte: Opinion Box - Período da coleta: 17 a 19/6 2.004 entrevistados margem de erro: 2,2pp

Além disso:

43% acreditam que, após a pandemia,

a telemedicina será mais utilizada do que era antes
26% pensam que vai ser igual
31% acham que ela será menos utilizada

Os entrevistados também foram questionados sobre o grau de confiança na tecnologia:

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Fonte: Opinion Box - Período da coleta: 17 a 19/6 2.004 entrevistados margem de erro: 2,2pp

Uma forma de utilizar a telemedicina é como um meio de comunicação e informação com um profissional da saúde, já que:

Durante a pandemia,74% dos entrevistados estão procurando sintomas de doença na internet, sendo que 43% estão fazendo isso mais do que faziam antes da pandemia.
66% estão fazendo suas consultas médicas de rotina, sendo que eram 73% antes da pandemia.
Além disso, dentre os que estão se consultando, 38% estão fazendo com menos frequência.

Fonte: Opinion Box - Período da coleta: 17 a 19/6 2.004 entrevistados margem de erro: 2,2pp

O fato é: a telemedicina não é um tema novo no Brasil, nem no mundo

Mas há uma dificuldade em regulamentar o atendimento médico diante dos avanços tecnológicos e a segurança de informação

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Globalmente, o mercado de telemedicina movimentou $45,5 bilhões em 2019

Estima-se que esse número aumentará para $175,5 bilhões até 2026

Fonte: Emarketer – Abr/20 (data from Global Market Insights)

Pressão externa:
como os outros países tem lidado com o recurso

Na Coreia do Sul: os dois principais aplicativos médicos que tiveram o maior crescimento em downloads foram aplicativos de rastreamento de coronavírus. Na Índia: Medlife, Netmeds e Practo foram os 3 principais. Medlife e Netmeds oferecem entrega de prescrições médicas e Practo facilita consultas de telessaúde com médicos.

Growth in Monthly Downloads of Medical Apps During COVID-19 Pandemicd
Peak Month During Feb - May 2020 versus Jan 2020

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Fonte: APP ANNIE Mai/20 X Jan/20

Nos Estados Unidos: Teladoc aumentou 50% nas visitas médicas virtuais diárias no início de março. Amwell aumentou de 100% a 300% comparado ao número esperado de visitas, com base em padrões históricos.

US Top 10 Telehealth Apps by QoQ Growth (Downloads)

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Fonte: APP ANNIE Mai/20 X Jan/20

Ao longo das pesquisas sobre a Covid-19, foi observada outra crise na saúde: a crise de saúde mental resultante dessas medidas de quarentena.

Coronavirus already one of the biggest drivers of telehealth
% who have used a telehealth service for the following

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Fonte: GlobalWebIndex April 9-14-2020 Base: 2.176 (U.S) & 1.529 (UK) internet users aged 18-64. Question: Which of the following, if any, have you sought health advice for via a telehealth service?

O percentual de pessoas com a intenção de usar a telemedicina vem crescendo, puxado pela pandemia da Covid-19. Além disso, a UnitedHealthcare estima que uma sessão custa menos de US$ 50, tornando-se uma alternativa mais acessível, pois uma visita (às vezes desnecessária) à sala de emergência pode custar mais de US$ 2 mil.

US Adults' Experience with Telemedicine, Dec 2019 - March 2020
% of respondents

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Fonte: Emarketer – Abr/20

53% dos profissionais de saúde disseram que estavam usando telemedicina devido às restrições impostas pela Covid-19, mas não haviam usado telemedicina antes dessa pandemia. A American Telemedicine Association (ATA) estima que 50% dos serviços de saúde dos EUA serão conduzidos virtualmente até 2030.

Ways in Which the Coronavirus Pandemic Has Caused Disruption to US Healthcare Practitioners*, March 2020
% of respondents

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Fonte: Emarketer – Abr/20

Na Austrália: telemedicina é a atividade digital com o maior aumento de novos usuários. Metade das pessoas que mais usam a tecnologia, ou usaram pela primeira vez, dizem que pretendem continuar quando o surto terminar.

Autralia, Digital activities during COVID-19
Using, % of consumers

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Fonte: Warc – Mai/20
Dados mais recentes da McKinsey & Company.

Na China: as empresas de telemedicina estão tentando conquistar o governo e os consumidores. Muitas, incluindo a JD Health, estão oferecendo consultas gratuitas aos pacientes enquanto durar a pandemia. A Ali Health, um braço do Alibaba, lançou uma clínica on-line gratuita para os residentes de Hubei – em cinco dias, 100 mil pacientes receberam uma consulta remota. O aplicativo WeDoctor, apoiado pela Tencent, uma gigante da tecnologia, mobilizou 20 mil médicos para trabalhar on-line sem pagamento.

Cyber-care
China, online health-care market, yuan bn

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Fonte: The Economist – Mar/20

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Além das vendas de medicamento, a JD.com também está investindo em telemedicina para seus usuários. As consultas mensais aumentaram dez vezes desde o surto. Cerca de 1,6 milhão de pessoas acompanharam a conversa de um cardiologista de primeira linha que a subsidiária do JD.com transmitiu ao vivo. Sem o surto, a mudança no comportamento do consumidor levaria talvez cinco anos.

Fonte: The Economist – Mar/20

Em Portugal: a telemedicina já é uma realidade, regulamentada pelo governo e aplicada tanto no serviço público quanto no serviço particular de saúde. O Hospital da Luz atende pacientes em mais de 15 países de quatro continentes, com mais de 20 especialidades médicas – em atividade em seis dos hospitais da rede. Nesse cenário, a tecnologia ajuda a salvar vidas e garantir que pacientes com doenças crônicas sigam o tratamento corretamente, tendo mais acompanhamento médico e prevenção.

Veja só uma representação de como funciona a plataforma MY LUZ

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Fonte: Global Summit Telemedicine & Digital Health

Unificar a tecnologia com a saúde traz agilidade e acessibilidade

Interesse do setor de telecomunicações

Vivo
"A Vivo quer ser um hub de distribuição de serviços digitais e vínhamos anunciando várias parcerias para transformar a proposta de valor. Dentro desses serviços, a telemedicina é um com enorme potencial. Vamos anunciar em alguns dias uma das primeiras parcerias dessa esfera, acreditando que a venda seria da conexão da Vivo junto ao serviço de telemedicina de um terceiro."
Christian Gebara, CEO da operadora

 

Os funcionários da Vivo já tem acesso, desde a escalada da pandemia, à solução do gênero ofertada pelo Hospital Israelita Albert Einstein.

Tim
A empresa fez uma ampliação de seu programa interno de saúde com a inclusão do acesso ao aplicativo Einstein Conecta para colaboradores. A recomendação da Tim é que o serviço seja utilizado para consultas de baixa urgência, como dores, alergias, náuseas, febres e desconfortos abdominais, sobretudo em casos que não tenham relação com a Covid-19. O atendimento digital na plataforma estará disponível 24 horas por dia, todos os dias da semana.

Claro
Está em negociação com o Hospital Albert Einstein por uma parceria que oferece serviço de diagnóstico médico remoto aos clientes de planos pós-pago e controle. A parceria criaria uma espécie de plano de saúde para consultas digitais, com o aplicativo podendo ser contratado nos canais de atendimento da Claro, ao custo mensal de R$ 49,90. Também seria possível contratar o serviço de forma integrada a um plano pós-pago.

A Claro apoia a “Missão Covid”
Plataforma na qual o paciente que apresenta sintomas do novo Coronavírus é atendido gratuitamente por um médico voluntário no WhatsApp. A operadora vai viabilizar a conexão de médicos (com a doação de chips para os cadastrados utilizarem durante a ação), colaborar no cadastramento de voluntários e oferecer navegação sem descontar da franquia móvel para médicos e clientes acessarem o site da iniciativa.

Fonte: Teletime – Junho/20

“O médico tradicional está para o taxista como o motorista de Uber está para telemedicina.
Chegou a hora de mudar a forma de trabalhar para acompanhar as necessidades
do mercado e dos pacientes. Cada vez mais os tratamentos vão se adequar a um modelo que mescla o mundo real e virtual.”
Enrico De Vettori, sócio-líder para Life Science e Healthcare da Deloitte

Fonte: Infomoney

Os avanços tecnológicos beneficiarão cada vez mais a telemedicina. Unificar a tecnologia com a saúde trará mais agilidade e acessibilidade. Além disso, médicos e pacientes estarão mais dispostos a usar o modelo no pós-pandemia e esse mostra-se um mercado promissor e com grande crescimento para os próximos anos.

Não se pode esquecer, no entanto, as dificuldades de regulamentação dessa modalidade inovadora.

Rafael Garey
Strategy Head

Camila Monteagudo
Strategy Analyst

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Edição de texto: Oscar Neto e Carolina Carvalho / Arte e ilustração: Daniel Frias, Raquel Souza e Clara Pontes

Imagem: iStock by Getty Images ©
ipopba
ronstik
OSTILL
Flavio Leão

 

Fonte: https://gente.globo.com/a-nova-realidade-da-telemedicina/

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