A pesquisa comprovou que o anticorpo 3 BNC 117 bloqueia a ação do HIV nas células humanas (Globo)
O HIV/AIDS sempre foi considerado um grande desafio para a medicina moderna. No mundo, existem cerca de 37 milhões de soropositivos. Desde a década de 1990, a expectativa de vida dos portadores aumentou consideravelmente, graças aos tratamentos continuados à base de remédios antivirais que mantém a doença sob controle. Pensando nisso, um grupo de cientístas brasileiros começou a pesquisar um novo tratamento, e os resultados estão se mostrando cada vez mais promissores.
As pesquisas estão sendo realizadas na Rockefeller University, em Nova York, lideradas por dois pesquisadores brasileiros, Michel Nussenzweig e Marina Caskey. O estudo começou quando uma proteína rara foi retirada de um doador infectado pelo HIV, que não desenvolveu a doença. Eles isolaram o anticorpo da proteína, batizado de 3 BNC 117, e injetaram em dezessete soropositivos, e dezesseis soronegativos. — O anticorpo bloqueia o receptor do HIV/AIDS, que atinge a célula humana. Então, o vírus não consegue entrar e se manifestar no corpo. Os resultados apontaram 99% de neutralização da doença em soropositivos. Porém, com efeito de duração curto — explica o cientísta Michel NussenZweig. As pesquisas ainda estão em análise, e a próxima etapa envolverá um número maior de pacientes e várias doses desse novo anticorpo. Existe a esperança de que o novo tratamento consiga um dia eliminar o vírus HIV do corpo das pessoas. Hoje, existem 15 milhões de pessoas que ainda tomam os remédios antivirais. A ONU anunciou neste mês, que a meta de por fim á epidemia de AIDS em 2030.
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Há 30 anos, o mundo ouvia falar pela primeira vez de uma doença poderosa, que derrubava as defesas do corpo e desafiava os médicos. Os cientistas deram a essa doença o nome de Aids. Logo, descobriram que era causada por um vírus e começaram a desenvolver remédios e buscar uma vacina. A vacina até hoje não existe. Já os remédios ajudaram a fazer da Aids uma doença controlável, mas ainda grave. Trinta anos depois, como será que uma nova geração que não testemunhou o sofrimento dos primeiros pacientes encara a Aids? Como esses jovens de hoje se protegem da contaminação?