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Artigo

Conheça Rosa Luxemburgo
16/05/2020 Priscila Germosgeschi

Rosa Luxemburgo

vida e obra

Uma mulher revolucionária

 

Jan 31, 2019 · 15 min read

Em 15 de janeiro 2019 completou-se o centenário do assassinato de Rosa Luxemburgo e eu te convido a conhecer a vida e obra da autora e seus principais pensamentos sobre a revolução socialista neste texto.

Quero começar esse texto explicando o por quê falar de Rosa Luxemburgo, o por quê ler Rosa Luxemburgo e o que faz o pensamento de Rosa Luxemburgo ser tão atual. Nesse sentido, esse texto será dividido em algumas partes:

  1. Quem foi Rosa Luxemburgo?
  2. Quais as contribuições dos escritos de Rosa para o pensamento marxista feminista?
  3. Reforma ou Revolução por Rosa Luxemburgo
  4. Socialismo e a igreja por Rosa Luxemburgo
  5. A proletária por Rosa Luxemburgo
  6. O que quer a liga Espartaco? Por Rosa Luxemburgo
  7. Por que ler as obras de Rosa Luxemburgo?

****Vou citar algumas obras da ROSA e fazer um pequeno resuminho sobre elas para que o leitor (a) possam conhecer um pouco do trabalho magnífico que Rosa escreveu em vida e que perdura até hoje mesmo após sua morte.

  1. QUEM FOI ROSA LUXEMBURGO?

Rosa Luxemburgo foi uma socialista polonesa; desde os seus 15 anos foi fervorosamente uma militante secundarista . Nasceu em 5 de março de 1871 em Zamosc, cidade polonesa ocupada pela Rússia. Rosa pertencia a uma família judia e tinha 4 irmãos, iniciou sua militância em Varsóvia e refugiou-se na Suíça após perseguições políticas. Além disso, Rosa estudou Ciências Naturais, Matemática, Direito e Economia politica e escreveu sua tese de doutorado baseada na industrialização da Polônia. Após mudar para Alemanha passou a ser militante na Social Democracia alemã (SPD). Rosa se tornou uma grande representante no movimento marxista após seu ensaio “Reforma ou Revolução” ter se tornado famoso — nesse ensaio Rosa criticava veementemente a posição do crítico marxista Eduardo Bernstein (leitor ativo de Marx e amigo de Engels). Rosa também foi professora da Escola de Quadros do Partido Social Democrata Alemão. Entre 1904 e 1914 Rosa se dedicou a representação do partido socialdemocrata polonês. Em 1906, Rosa, querendo colaborar na militância contra o governo czarista na Revolução Russa, acabou sendo detida pela oposição ficando 4 meses presa; quando retornou a Berlim sua principal defesa teórica (em que a massa popular deveria tomar o poder por ela mesma) se tornou muito difundida e centralizou os debates políticos da época. Enquanto era professora do partido Socialdemocrata alemão, Rosa escreveu uma das suas obras mais importantes (A Acumulação do Capital) que explicava como funciona a acumulação primitiva e capitalista defendidos por Marx no Capital e como o capitalismo só cresce através do imperialismo — usurpando e colonizando sociedades não-capitalistas. Dessa forma, Rosa sempre se destacou pelo seu pensamento e práxis antimilitaristas pois, acreditava que um dos pilares que sustentavam o capitalismo era o militarismo — um país capitalista guerrear com outros países capitalistas para exercer ainda mais o controle sobre classes oprimidas — e que, para uma economia capitalista se sustentar a militarização estaria enraizada no capitalismo pois, este só existe por que explora quem não tem nenhum poder. O militarismo contribuiria para um nacionalismo exacerbado e fazia com que a industrialização do país crescesse gerando com isso mais capital e mais-valia (aquilo que nós sabemos que o capitalismo ama), por isso Rosa era contra o militarismo por acreditar que este não trazia benefício nenhum para a sociedade. Por conseguinte, após defender extensivamente o antimilitarismo Rosa foi presa pelo oposição política entre 1915 e 1918 (sendo solta a cada três meses e sendo presa concomitamente entre esses intervalos de soltura, pois, toda vez que iriam solta-lá criavam-se ademais para que ela continuasse presa). Dito isso, na prisão Rosa escreveu dois títulos de grande importante ( A crise da socialdemocracia e A revolução Russa). Rosa foi libertada em 8 de novembro de 1918. Entre 1918 e 1919 cria junto com Karl Liebknecht a KPD (PARTIDO COMUNISTA ALEMÃO) e em janeiro do mesmo ano Rosa é presa junto com Karl Liebknecht na então conhecida Insurreição de Janeiro): os dois são assassinados em 15 de janeiro de 1919 por tropas do governo alemão opositor. Rosa Luxemburgo morreu quando tinha 48 anos.

2. QUAIS SÃO AS CONTRIBUIÇÕES DOS ESCRITOS DE ROSA PARA O PENSAMENTO MARXISTA FEMINISTA?

Assim que me reconheci como marxista, mas muito mais que isso — como feminista marxista, me surgiu a vontade de conhecer principais obras escritas por mulheres socialistas e, na minha pesquisa, sempre aparecia o nome de Rosa Luxemburgo, o que me chamou muito atenção. Dessa forma, comecei a ler seus artigos e livros e reconheci em Rosa uma chamado prático para as revoluções socialistas. Ademais, Rosa embora achasse os textos marxistas brilhantes fazia critica a Marx, Engels e Lenin a todo tempo e isso também me chamou muita atenção. Nesse sentido, Rosa não exitava em criticar mesmos as pessoas ativas na luta contra o capitalismo e a exploração — não importava muito pra Rosa que as teorias de Lênin e Marx fossem brilhantes mas que embora essas teorias fossem brilhantes ainda faltava práxis ou a organização dos sindicatos na prática. Dito isso, Rosa Luxemburgo, criticava também ferrenhamente os sindicatos socialistas — que surgiram para garantir melhorias e salários justos para os trabalhores (não que ela acreditasse que os trabalhores não mereceriam ter direitos) mas, para Rosa, mesmo com os sindicatos o capitalismo ainda continuaria a existir. Além disso, o que ela chama de Oportunismo em Reforma ou Revoluçao e acaba criticando muito Bruno Bernstein pelo seu caráter oportunista — em que ele acreditava que quando o sistema capitalista não estava em crise o capitalismo até ajudava no avanço da sociedade, e que os socialistas deveriam considerar talvez, uma uniao entre socialismo e capitalismo ou seja, acordar com capitalistas pois; o capitalismo na visão dos oportunistas como Bruno, embora explorasse pessoas também visava o progresso da população e para Rosa, esse pensamento oportunista era inadmissível, pois, não se acorda com o inimigo; Rosa não queria melhorias para os trabalhadores no sistema capitalista, Rosa queria que não existisse capitalismo para explorar os trabalhadores e é por isso que ela acreditava que só a massa popular explorada poderia lutar por ela mesma e não sindicatos capitalizados poderiam representar a massa explorada de modo a emancipa-lá sendo que, até mesmo os sindicatos eram cooptados pela socializaçao da capitalização, ou seja: tinha realmente alguém defendendo de fato, o trabalhador? Dessa forma, acredito que as contribuições dos pensamentos de uma mulher socialista para a crítica feminista é de grande valia, primeiro, por que é uma mulher se opondo a dirigentes marxistas e debatendo com eles a todo instante em suas obras — embora concordasse com os pensamentos marxistas e segundo, ela mesma, Rosa, fazia críticas ao pensamento marxista de que os escritos teóricos marxistas eram feitos apenas por homens e tentava trazer o pensamento marxista para a questão da opressão de genero, prova disso é seu artigo intitulado A Proletária. Sendo assim, ler Rosa luxemburgo é indicado para a sociedade atual, porque Rosa vai além da teoria, ela enxerga na práxis a luta revolucionária radical que prentende acabar com o capitalismo e implantar o socialismo mas não de uma hora pra outra, mas sim de lutas a lutas da massa popular alçadas pouco a pouco para que se chegue a então sonhada revolução socialista. E também, por que expande a leitura marxistas para alem dos escritos feitos por homens, ela contribuia para a crítica marxista enquanto sua vivência como mulher e eu acredito que para as feministas marxistas atuais é muito importante ler Rosa por que ela interpreta as obras marxistas do ponto de vista dela como mulher socialista revolucionária.

3. REFORMA OU REVOLUÇÃO POR ROSA LUXEMBURGO:

Seu ensaio crítico Reforma ou Revolução que vai contra as teorias do teórico socialista Eduardo Bernstei se baseia na tese de que, o socialismo só vai ser efetivado na sociedade se a própria classe trabalhadora lutar por ele e tomar consciência de classe, os pensamentos de Rosa e Bruno eram antagônicos por que: Bruno defendia a reforma do capitalismo (fazer reformas no sistema capitalista que visassem a melhoria dos sistema capitalista e com estas reformas sociais este sistema se tornaria, aos poucos, socialista) e, Rosa criticava veementemente, o pensamento de Bruno pois, não acreditava que reformar o capitalismo poderia trazer alguma contribuição efetiva para a luta das massas populares. Dito isso, Rosa vai contra a ideia de reformar o capitalismo — fazendo com que essas reformas alicercem uma parte que se importa com o povo não e para Rosa isso não é socialismo e que não se chega ao socialismo através de uma linha do tempo em que o capitalismo acaba e o socialismo começa — para Rosa só a extinção do capitalismo pode se fazer alçar o socialismo e que não tem como reformar o capitalismo em prol da melhoria das condições da classe trabalhadora pois, não acordamos com o inimigo e embora o capitalismo (sistema dominante) aceite melhores condições para a população, ele só aceita por que essas melhorias não prejudicam em nada o desenvolvimento do capital e, quando trabalhadores pedem melhores condições de trabalho, os capitalistas não vai hesitar em promover pequenas melhorias fetichistas pois, para haver evolução do sistema capitalista o próprio capitalismo precisa explorar trabalhores e não se explora trabalhores mortos, né? Então melhorar as condições de trabalho (mesmo que um pouco) por capitalistas, significa que os capitalistas estão pensando que precisam de um trabalhador vivo e saudável, trabalhando para gerar lucro pro capital: ou seja, o capitalismo só vai fazer reformar socialistas se essas reformas beneficarem os próprios capitalistas e não a classe trabalhadora. Por conseguinte, o que Rosa salienta é que não é o capitalismo que tem que lutar por melhorias sociais e sim o próprio povo pois, o sistema capitalista e seus produtores não estao nem aí pra melhorias sociais e só pensam em lucro e mais-valor. Portanto, no seu ensaio Rosa critica Bruno pois acredita que a reforma capitalista nao é a solução pra melhorias sociais mas sim (a revolução socialista) feita pela própria massa popular que irá de encontro ao futuro socialista. Para Rosa, não tem que reformar o sistema capitalista, tem que acabar com esse sistema. RESUMÃORosa criticava o pensamento de Bruno de que (fazendo pequenas melhorias no capitalismo ele se tornaria no futuro um socialismo). Rosa rejeitava essa ideia de Bruno por que pra ela, ele como socialista, não deveria pensar em fazer acordos com o capitalismo, o que Rosa quer é o fim do capitalismo e não melhorias no capitalismo. Citando Rosa em seus ditos no Ensaio Reforma ou Revoluçao que exemplificam tudo que eu disse anteriormente:

“Assim, as teses políticas do Revisionismo conduzem à mesma conclusão que as suas teorias econômicas. Na essência, não visam realizar o socialismo, mas reformar o capitalismo, não procuram abolir o sistema do salariado, mas dosear ou atenuar a exploração, numa palavra: querem suprimir os abusos do capitalismo mas não o capitalismo”

“ A evolução do capitalismo oscila entre as contradições. Para libertar o núcleo socialista da ganga capitalista, é preciso que o proletariado conquiste o poder político e que o sistema capitalista seja totalmente destruído”.

4. O SOCIALISMO E A IGREJA:

Folheto do pelo Partido Social Democrata Polaco,em 1905, por Rosa Luxemburgo. Nesse folheto a ideia central de Rosa é informar para a sociedade como os cleros e o governo czarista na Rússia andam juntos quando o assunto é exploração do povo pobre e trabalhor; enriquecendo através do capital, tirando ate o último centavo do trabalhador que vive em constante miséria e pobreza. O manifesto é dividido em 5 capítulos sendo que no primeiro Rosa explicita o que anda acontecendo dentro das igrejas — padres ou clérigos que são comparças da alta burguesia estão usando discursos dentro das missas contra o partido social democrata alegando que, os pobres devem ter paciência, que Deus uma hora irá resolver todos os problemas daqueles que sofrem (o que os cleros não contavam aos fiéis é que eles “os cleros” estão enriquecendo através da exploração dos fiéis e das leis consuetudinarias). Dessa forma, o que Rosa critica muito bem é que antigamente, na Roma Antiga, os cristãos eram comunistas que pregavam a repartição dos consumo e que acreditavam que os ricos deveriam doar o que tem para os pobres para que todos pudessem ter uma vida mais digna, o que Rosa destaca é que na Roma antiga não existia capitalismo, e portanto, a motivação dos padres era somente que os pobres pudessem comer bem e viver uma vida tranquila não se importando muito que ainda assim existiriam ricos e pobres. Ademais, o que Rosa pontua é que na sociedade russa capitalista, o discurso da igreja e dos padres mudou, com o capitalismo e a expansão do cristianismo surgiram os cleros — responsáveis por administrar a igreja e, com o surgimento do clero — os fiéis que estavam cansados de tanta guerra e sofrimento iam a igreja para acalentar o coração e buscar respostas a Deus — mas o que encontravam não era mais religiosos comunistas como na Roma antiga, mas sim padres aliados a aristocracia e a governos czaristas que só tinham a intenção de explorar os fiéis através dos dízimos, dos casamentos feitos, dos divórcios solicitados ou até mesmo quando um doente queria uma reza, os padres cobravam e diziam que era em nome da fé, tudo para tirar mais e mais dinheiro daqueles que não tinham quase nada. Por conseguinte, o cristianismo sofreu capitalização e os cleros exploravam ao maximo os pobres da época, que ja sofriam muito com as explorações advindas do trabalho. Nesse sentido, o que Rosa Luxemburgo critica é a atitude desonesta do clero, da igreja para com os fiéis. O padre que deveria pregar igualdade estava explorando ao máximo seus fiéis juntamente com o governo czarista. Dito isso, quando a Social democracia começou a denunciar tais explorações os padres usavam as missas para depor contra os socialistas — que queriam mais justiça para o povo e rejeitavam as atitudes do clero. Rosa, nesse manifesto, alijou de forma brilhante como funcionava o clero na Rússia czarista para explorar ainda mais os pobres usando a fé para usurpar as pessoas e (é surpreendente como esse manifesto se faz tão atual no Brasil de 2019). Deixo aqui algumas citações do manifesto que representam e concluem tudo que foi dito:

“Desde o momento em que os trabalhadores do nosso país e da Rússia começaram a lutar corajosamente contra o governo czarista e contra os exploradores capitalistas, notamos cada vez com mais freqüência que os padres, nos seus sermões, se lançam contra os trabalhadores que lutam. É com extraordinário vigor que o clero combate os socialistas e tenta, por todos os meios, minimizá-los aos olhos dos trabalhadores. Os crentes que vão à igreja, nos domingos e dias festivos, são compelidos, cada vez com mais freqüência, a ouvirem um violento discurso político, uma verdadeira denúncia do Socialismo, em vez de ouvirem um sermão e nele obterem uma consolação religiosa. em vez de confortarem as pessoas que estão cheios de preocupações, e cansadas pela vida difícil, e que vão à igreja com fé no Cristianismo, os padres fulminam os trabalhadores que estão em greve e os opositores do Governo; e ainda mais, exortam-nos a suportar a pobreza e a opressão com humildade e paciência. Transformaram a igreja e o púlpito num lugar de propaganda política”.

“As enormes riquezas acumuladas pela Igreja, sem qualquer esforço da sua parte, vêm da exploração e da pobreza do povo trabalhador. A riqueza dos arcebispos e bispos, dos conventos e paróquias, a riqueza dos donos das fábricas, e dos comerciantes e dos proprietários de terras, é comprada ao preço de esforços desumanos dos trabalhadores da cidade e do campo. Qual é a única origem das dádivas e dos legados que os ricos senhores fazem à Igreja? Obviamente que não é o trabalho das suas mãos e o suor dos seus rostos, mas a exploração dos trabalhadores que trabalham sem descanso para eles; servos ontem, assalariados hoje. Além disso, os subsídios que os governos hoje dão ao clero vêm do Tesouro Público, constituído na maior parte por impostos tirados às massas populares. o clero, não menos do que a classe capitalista, vive do povo, beneficia da degradação, da ignorância e da opressão das pessoas. O clero e os capitalistas parasitas odeiam a classe trabalhadora organizada, consciente dos seus direitos, que luta pela conquista das suas liberdades. Pois a abolição da desordem capitalista e o estabelecimento da igualdade entre os homens desferiram um golpe mortal, especialmente no clero que existe só graças à exploração e à pobreza. Mas sobretudo, o socialismo ajuda a assegurar à humanidade uma felicidade honesta e sólida cá em baixo, a dar ao povo a maior educação possível e o primeiro lugar na sociedade. É precisamente esta felicidade aqui na terra que os servidores da Igreja temem como uma praga”.

“Os capitalistas moldaram a golpes de martelo os corpos do povo, em cadeias de pobreza e escravatura. Paralelamente a isto, o clero, ajudando os capitalistas e servindo os seus próprios interesses, aprisiona o espírito do povo, mantém-o em ignorância crassa, pois compreende bem que essa educação poria fim ao seu poder. O clero, falsificando o primitivo ensinamento do Cristianismo que tinha por objetivo a felicidade terrena dos humildes, tenta hoje persuadir trabalhadores de que o sofrimento e a degradação que suportam não provêm duma estrutura social defeituosa, mas sim do céu, da vontade da "Providência". Assim a Igreja mata nos trabalhadores a força, a esperança e o desejo dum futuro melhor, mata a fé em si próprios e o respeito por si mesmos. Os padres de hoje, com seus ensinamentos falsos e venenosos, mantêm continuamente a ignorância e a degradação do povo. Eis algumas provas irrefutáveis”.

“E aqui está a resposta a todos os ataques do clero: A Social Democracia de modo algum combate os sentimentos religiosos. Ao contrário, procura completa liberdade de consciência para todo o indivíduo e a mais ampla tolerância possível para qualquer fé e qualquer opinião. Mas desde o momento que os padres usam púlpito como um meio de luta contra as classes trabalhadoras, os trabalhadores devem lutar contra os inimigos dos seus direitos e da sua libertação. Porque o que defende os exploradores e o que ajuda a prolongar este regime presente de miséria, esse é que é o inimigo mortal do proletariado, quer esteja de batina ou de uniforme de polícia”.

5. A PROLETÁRIA:

A proletária foi um artigo escrito por Rosa e do no dia do seu aniversário (5 de março de 1914). O texto fala da importância que tem o direito das mulheres ao voto e como é importante a luta das mulheres proletárias na socialdemocracia, embora Rosa não extenda muito o assunto a respeito da dupla jornada de trabalho que acarretam as mulheres trabalhoras, Rosa salienta que diferente da mulher burguesa, a mulher trabalhadora, trabalha na rua e em casa e diz também que a luta das mulheres trabalhadoras é importante para que todos os trabalhadores sejam livres. É um artigo curto, que traz centralidades importantes sobre a iniciação da mulher trabalhadora no mercado de trabalhado e o quanto a emancipação da mulher trabalhadora é importante para os socialistas e as socialistas. Dito isso, fecho meu pensamento com as palavras de Rosa no artigo:

“ O dia da proletária inaugura a semana da Social-Democracia(1). O partido dos deserdados coloca a sua coluna feminina no front ao partir para a dura luta pela jornada de oito horas, a fim de espalhar a semente do socialismo sobre novas terras. E a igualdade de direitos políticos das mulheres é o primeiro mote que ela levanta, ao se prestar a recrutar novas seguidoras em prol das reivindicações de toda a classe trabalhadora”.

6. O QUE QUER A LIGA ESPARTACO?

Pequeno manifesto escrito por Rosa em 14 de dezembro de 1918 para chamar os trabalhores a ação, ela aborda também o que a primeira guerra mundial fez com os países e que o trabalhadores não aguentavam mais serem explorados. Esse artigo é muito, mas muito bem escrito e tem um brilhantismo que chega a arrepiar o corpo todo. Rosa grita através das palavras para que a massa popular se volte contra a exploração capitalista e propõe diversas alternativas para reivindicar os direitos dos pobres e trabalhadores para que enfim, a socialismo seja implantado na sociedade.

7. CONCLUSÃOPOR QUE LER AS OBRAS DE ROSA LUXEMBURGO?

O presente texto tem como objetivo levar o máximo de informaçoes para as pessoas sobre quem foi Rosa Luxemburgo, essa revolucionária socialista brilhante e revelar que seus ensinamentos e estudos ainda se fazem presente na sociedade atual. Particularmente, ler Rosa me faz acreditar que possa haver, um dia, uma sociedade socialista, uma sociedade em que as pessoas não precisem mais ser oprimidas pelo capitalismo. Dito isso, convido a quem leu esse textão até aqui, conhecer mais as obras de Rosa — sao obras fáceis de compreensão e é impressionante como tudo que Rosa escreve serve para atualidade.

100 anos após seu assassinato, Rosa ainda nos permeia em pensamentos e obras. Muito obrigada é pouco por toda a sua contribuição no seu trabalho como mulher socialista e revolucionária— num mundo de dirigentes homens sociólogos, Rosa veio ecoar que é preciso lutar, sempre, e que a luta socialista revolucionária também tem lugar para as mulheres. Fecho esse textão com seu trecho final de ( O que quer a liga Espartaco?):

“Avante, proletários! À luita! Há que conquistar um mundo e luitar contra outro. Nesta última luita de classes da história mundial polos objectivos mais sublimes da humanidade, lançamos ao inimigo este grito: Mãos ao pescoço e joelho no peito!

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Eu li a maioria dos artigos de Rosa no site: https://www.marxists.org/portugues/luxemburgo/index.htm

LUXEMBURGO, Rosa. Reforma ou Revolução, Militant Publications. London, 1986.

LUXEMBURGO, Rosa. O socialismo e a igreja, folheto do pelo Partido Social Democrata Polaco, 1905.

LUXEMBURGO, Rosa. A proletária, 1914.

LUXEMBURGO, Rosa. O que quer a liga Espartaco?, 1918.

https://rosaluxspba.org/rosa-luxemburgo

VÍDEOAULAS MINISTRADAS POR ISABEL LOUREIRO NO YOUTUBE :— Isabel Loureiro escreveu a biografia (Rosa Luxemburgo: vida e obra, 2003)

Fonte: 

https://medium.com/qg-feminista/rosa-luxemburgo-vida-e-obra-7347aa7a943d

 

QUEM FOI ROSA LUXEMBURGO?

Biografia da polonesa-alemã Rosa Luxemburgo. Escrita por Paul Frölich e da originalmente em 1939, é considerada ainda hoje uma obra de referência indispensável. A pesquisadora Isabel Loureiro destaca a importância revolucionária nos dias de hoje.

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=QD3c8IdjxX8&feature=youtu.be

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