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E-Commerce No Brasil Em 2020: Entenda O Cenário Atual E Tendências
E-commerce no Brasil em 2020: Entenda o Cenário Atual e Tendências
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Pensando em ter seu negócio próprio e abrir um e-commerce no Brasil? Ou, então, já tem uma loja virtual e quer entender o cenário e o crescimento do mercado para direcionar sua atuação?
Bom, seja qual for o seu objetivo, este artigo tem a proposta de responder às suas principais dúvidas com relação ao comércio eletrônico brasileiro.
Para isso, separei números atuais sobre o e-commerce no País, além de dados que apontam as tendências para o futuro.
Vou te poupar da ansiedade e já adiantar uma informação importante: o e-commerce no Brasil continua em expansão.
Continue lendo para saber mais!
O que é e-commerce?
Também chamado de comércio eletrônico ou comércio virtual, e-commerce é uma modalidade de transação realizada por meio de aparelhos eletrônicos conectados à internet, como computadores, smartphones e tablets.
O tipo mais comum de e-commerce é a loja virtual.
No entanto, as vendas por redes sociais e a televisão digital também são gêneros de comércio eletrônico.
Com o crescimento do e-commerce, um termo que se popularizou foi o marketplace.
Hoje, muitos comércios eletrônicos operam neste modelo.
O marketplace é uma espécie de shopping virtual. É uma plataforma que centraliza e viabiliza as vendas de diferentes lojas.
E, por essa razão, tem uma diversidade maior na oferta de produtos.
Como surgiu o e-commerce no Brasil?
Você consegue se lembrar da sua primeira compra online?
Não faz tanto tempo assim, certo?
Na verdade, o e-commerce no Brasil tem cerca de duas décadas.
Dependendo do seu perfil de consumidor, pode ser que essa lembrança de aquisição seja mais remota.
Mas, segundo o gênio do marketing moderno, Philip Kotler, cerca de dois terços dos consumidores são representados pelos tipos: maioria inicial, maioria tardia e retardatários.
São indivíduos que demoram mais a aceitar e adotar os novos produtos e serviços.
Costumam ser mais relutantes e esperam as experiências alheias antes de decidirem se arriscar.
Por essa razão, talvez, você tenha ficado surpreso com a idade do comércio eletrônico brasileiro.
O fato é que o e-commerce acompanhou a evolução da internet no País.
Certamente, você deve saber que, antes da fibra ótica, existia a internet discada.
Nessa época, o carregamento das informações era bastante lento.
A qualidade da conexão impedia a expansão do comércio virtual.
Com o avanço da tecnologia, as coisas começaram a andar.
A Magazine Luiza, que hoje é um dos principais players do comércio na internet, foi pioneira na criação do modelo de loja virtual.
Em 1992, a empresa desenvolveu terminais multimídias em que os clientes podiam realizar as compras com a ajuda de vendedores.
Mas o primeiro site de e-commerce no Brasil foi o da Brasoftware.
A companhia, do empreendedor Jorge Sukarie, deu início às operações online em 1996 para a comercialização de softwares e acessórios.
De lá pra cá, muita coisa mudou.
Crescimento do e-commerce no Brasil em 2019
Desde o seu início, o e-commerce no Brasil tem se expandido.
Alguns anos com crescimento abaixo do esperado, devido às crises nacionais, mas, no geral, pode-se afirmar que é um mercado promissor.
O consumidor, que está cada vez mais digitalizado, influenciou o panorama das vendas online.
A praticidade e a comodidade de comprar na internet, além da facilidade de encontrar produtos e comparar os preços, impulsiona o comércio eletrônico.
A eBit Nielsen, empresa de mensuração e análise de dados, prevê aumento de 15% no faturamento do setor em 2019.
A estimativa é de que as vendas totais somem R$ 61,2 bilhões.
A eBit acompanha o mercado de comércio eletrônico desde 2001. No seu primeiro relatório, a empresa registrou um faturamento no valor de R$ 0,54 bilhão.
É só comparar os números para ter a dimensão do setor.
Ainda com relação à previsão deste ano, a expectativa é que o número de pedidos aumente 12%, chegando a 137 milhões.
O valor médio das compras esperado é de R$ R$447, com alta de 3% em relação a 2018.
Cenário do e-commerce no Brasil
O Brasil é o terceiro país que mais faz compras pela internet.
O País lidera ainda o ranking de comércio eletrônico na América Latina, com participação nas compras de 59,1%, enquanto o segundo colocado, México, representa apenas 14,2% do montante.
Cerca de 80 milhões dos brasileiros são consumidores de e-commerce.
A inclusão das classes C, D e E tem contribuído com o aumento das vendas.
Dos novos compradores nos últimos anos, 61% fazem parte da classe C.
Embora os dados evidenciem um cenário favorável do e-commerce no Brasil, ainda há muito potencial para crescimento.
Os brasileiros compram na internet, mas ainda têm desconfiança com as transações.
Mais de 60% dos consumidores não se sentem seguros em usar os comércios eletrônicos.
Além disso, a falta de internet nos lares também prejudica o avanço dos números.
Mais de um terço dos domicílios não têm acesso à rede.
A tendência é que essas condições melhorem e, com esse avanço, o e-commerce deve ganhar ainda mais espaço.
Ranking de e-commerces no Brasil
Um estudo mais recente, de 2018, da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), classificou as 50 maiores empresas de comércio eletrônico do País.
Conheça abaixo as 10 primeiras da lista!
A Walmart Brasil, que liderava a quarta posição, foi retirada deste ranking. A rede anunciou o encerramento das operações em maio deste ano. Em 2017, ano-base da pesquisa, a empresa obteve faturamento de R$ 3 bilhões.
B2W Digital
A empresa é resultado da fusão de velhos conhecidos do mercado online: Submarino, Shoptime e Americanas.com.
A B2W Digital opera como uma plataforma marketplace. E, em 2017, faturou mais de R$ 8,7 bilhões.
Via Varejo
Alvo recente de diversas manchetes sobre a venda da companhia, a Via Varejo é uma das principais empresas do comércio varejista.
Fazem parte do grupo as bandeiras Casas Bahia, Ponto Frio e Móveis Bartira.
A Via Varejo ainda é responsável pela administração do Extra.com.br.
O faturamento dessa gigante gira em torno de R$ 4,9 bilhões.
Magazine Luiza
A pioneira na criação do modelo de loja virtual é hoje um dos maiores e-commerces brasileiros.
Da empresária Luiza Helena Trajano, a Magazine Luiza registrou faturamento de quase R$ 4,5 bilhões em 2017.
Grupo Netshoes
Além das lojas netshoes, de venda de artigos esportivos, o grupo também é dono da Zattini, um e-commerce de moda.
Em 2017, a companhia teve faturamento de R$ 2,6 bilhões.
Máquina de Vendas
Pouca gente conhece pelo nome, mas a Máquina de Vendas é dona das marcas Ricardo Eletro, varejista de eletroeletrônicos e eletrodomésticos, e da Insinuante, que também comercializa eletrodomésticos, além de móveis.
A empresa faturou R$ 2,2 bilhões em 2017.
Carrefour
O e-commerce Carrefour é, atualmente, um dos principais focos de atuação da empresa.
Não à toa que, em 2018, venceu o Prêmio Ebit Melhores do E-commerce.
No ano da pesquisa da SBVC, a rede faturou mais de R$ 1,7 bilhão.
GFG Latam – Dafiti
O Global Fashion Group (GFG), que é dono da Dafiti, também é proprietário de outras duas lojas virtuais de moda: Kanui e Tricae.
Em 2017, o grupo faturou R$ 1,1 bilhão.
Saraiva
No site online da Saraiva, é possível encontrar uma variedade enorme de produtos, entre livros, games, smartphones e itens de papelaria.
A empresa obteve faturamento superior a R$ 700 milhões em 2017.
Privalia
A Privalia se posiciona como um outlet online de moda.
A varejista, que comercializa roupas, sapatos, acessórios e outros itens, faturou R$ 500 milhões em 2017.
Lojas Colombo
No ranking original da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo, a Lojas Colombo aparece em 11º lugar.
Por conta da exclusão da rede Walmart Brasil, que deixou de vender na internet, a empresa foi adicionada à esta lista.
A Lojas Colombo comercializa eletrodoméstico, eletroeletrônicos e móveis.
O faturamento bate a marca de R$ 450 milhões.
Perfil do e-commerce no Brasil
Atualmente, existem mais de 930 mil sites de e-commerce no Brasil.
A maior parte é dos mais comércios eletrônicos pequenos, com até 10 mil visitas por mês.
Um dado curioso é que 73,66% das lojas virtuais no País possuem catálogos pequenos, com um a 10 produtos somente.
Normalmente, os comércios iniciam as operações dessa forma e, aos poucos, incluem novos itens no portfólio.
O tempo de vida médio dos e-commerces é de um ano e quatro meses.
Esse número é bem diferente do que foi registrado em 2015, quando os comércios ficavam ativos em torno de três meses.
Todas essas informações foram retiradas do estudo Perfil do E-commerce Brasileiro, do em 2019, e realizado em parceria entre BigData Corp e PayPal Brasil.
Categorias que mais crescem
Segundo a 40ª edição do Webshoppers, o crescimento do comércio eletrônico no primeiro semestre de 2019 foi impulsionado pela categoria de Bens Não-Duráveis.
No segmentos de “Alimentos e Bebidas”, por exemplo, houve crescimento de 82% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Para “Petshop”, os números são ainda maiores.
O mercado pet registrou expansão de 144%.
No entanto, as categorias de “Perfumarias, Cosméticos e Saúde” e “Moda e Acessórios” é que lideram o volume de pedidos.
Juntos, estes dois segmentos somaram 36% das compras totais.
Em relação aos dados financeiros, no estudo anual da eBit, de 2018, a categoria que lidera o faturamento é a de “Telefonia e Celulares”, com 18,4% do montante.
Em seguida, vem a de “Eletrodomésticos”, com 17,9%. Ambos os segmentos são dominados por gigantes varejistas.
No terceiro lugar aparece a categoria de “Eletrônicos”, com 11,2%. Depois, “Informática”, com 9,8%.
Muito próxima dela, “Casa e Decoração”, que representa 9,5% do total de faturamento.
Outros segmentos também figuram entre os 10 principais mercados do e-commerce brasileiro:
- Perfumaria, Cosméticos e Saúde (6,2%)
- Moda e Acessórios (6%)
- Esporte e Lazer (4,2%)
- Acessórios automotivos (2,4%)
- Livros, Assinaturas e Apostilas (2,3%).
Exemplos de e-commerces no Brasil
Uma forma de categorizar os comércios eletrônicos brasileiros é dividi-los por perfil de participantes, no qual se enquadram as pessoas físicas e jurídicas, além do governo.
O principal gênero, sem dúvida, é o B2C (Business to Consumer).
Nesses sites, os produtos são vendidos direto para o público final. É um modelo mais concorrido pela quantidade de lojas existentes.
Em segundo lugar, o B2B (Business to Business).
Esse tipo se caracteriza pela comercialização de produtos ou serviços para empresas. Normalmente, as vendas são realizadas em grandes volumes.
Existe ainda, no Brasil, o modelo C2C (Consumer to Consumer). Os consumidores vendem para outros consumidores.
É um mercado bastante comum e conhecido pela comercialização de criações próprias, como artesanatos e doces.
As pessoas físicas também podem vender seus produtos para pessoas jurídicas. Esse gênero de transação é chamado de C2B (Consumer to Business).
Acontece, frequentemente, quando os consumidores comercializam fotos e textos, por exemplo, para empresas.
Ainda existem os modelos B2G (Business to Government), caracterizado pela relação entre empresas e governo, e o C2G (Consumer to Government), entre cidadãos e administração pública.
Todos esses gêneros podem ser estabelecidos dentro de três modalidades de plataformas:
- M-commerce (Mobile commerce): via dispositivos móveis, como smartphones ou tablets
- S-commerce (Social commerce): a comercialização nas redes sociais. O Facebook, por exemplo, tem seu próprio modelo de marketplace
- T-commerce (Television commerce): as vendas ocorrem por meio da televisão digital.
Tendências do e-commerce para os próximos anos
O futuro do e-commerce no Brasil acompanha a evolução tecnológica e as expectativas dos consumidores com relação aos serviços prestados.
Mobile
As compras pelo celular já representam 41% do volume de transações online no Brasil.
Em outros países, da Europa e Ásia, por exemplo, o número sobe para mais de 50%.
A expectativa é que o uso de smartphones para adquirir produtos e serviços aumente ainda mais nos próximos anos.
Omnichannel
Muitas marcas ainda patinam na tentativa de manter a mesma excelência em diferentes canais, o que é uma exigência do moderno conceito de omnichannel.
No entanto, os consumidores anseiam, cada vez mais, por boas experiências.
O nível de atendimento e as informações fornecidas, por exemplo, precisam ser consistentes em todos os pontos de contato da empresa.
Realidade aumentada
Dentre as tecnologias promissoras, a realidade aumentada é uma mão na roda para quem procura facilidade.
Essa automatização, sem dúvida, ajuda melhorar a experiência de compra e tem muito potencial para conquistar os consumidores.
Atendimento automatizado
Os robôs vêm com tudo.
Nos próximos anos, a tendência é que as máquinas, com inteligência artificial, possam assumir grandes compromissos.
O atendimento é um deles.
Por isso, o uso de assistentes virtuais deve crescer.
Entregas no mesmo dia
A logística é uma parte fundamental do e-commerce, e o tempo de entrega é um dos fatores que comprometem esse processo.
Os longos prazos para o recebimento das mercadorias já não é mais aceitável.
Além do mais, com a entrada recente no mercado de aplicativos que prometem entregas em poucos minutos, o e-commerce brasileiro deve sentir a pressão dos consumidores.
O menor tempo, de fato, deverá ser um diferencial competitivo importante nos próximos anos.
Conclusão
E, então, o que achou desse panorama sobre o e-commerce no Brasil? Ficou animado com as expectativas de crescimento?
Uma coisa é certa: os negócios digitais estão em alta e o comércio eletrônico é um deles.
Embora a competição em determinadas categorias seja mais alta, há espaço para conquistar os consumidores.
Fique de olho nas novas tecnologias e analise o comportamento de seus clientes.
Mostre que seu site é de confiança e procure oferecer experiências incríveis e singulares.
Com certeza, se seguir essas recomendações e souber driblar os desafios do e-commerce no Brasil, com uma boa gestão, você terá um futuro próspero.
Então, quais são seus planos para atuar no e-commerce?