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Em Nome Da Lei - Filme Nacional
21/06/2019 Não informado

Um juiz federal é realocado para uma cidade na região da fronteira com o Paraguai para combater o crime organizado. Essa é a sinopse do filme “Em Nome da Lei”, mas também um breve resumo da vida de Odilon de Oliveira, responsável pela condenação de 200 traficantes e pelo confisco de mais de R$ 2 bilhões em dinheiro sujo. Além de ter atuado como consultor durante a produção do mais novo trabalho de Sergio Rezende, ele também inspirou a criação de Vitor, personagem interpretado por Mateus Solano.

“Recebemos o Odilon pelo menos umas duas vezes no set e foi muito diferente lidar com aquela figura. Ele é um cara boa praça e acessível, mas que anda com duas metralhadoras e seguranças fortemente armados o tempo todo. Um homem que chegou com os braços abertos, mas que carregava uma nuvem negra junto com ele”, lembra o ator.

Mateus optou por não encontrar Odilon antes das filmagens, enquanto ainda construía o personagem. Afinal, sua história e não sua figura pessoal serviu como mote para o filme. O roteiro costura histórias contadas por ele, mas muito foi inventado pelo cineasta Sergio Rezande, que classifica a obra como um thriller feito para prender a atenção das pessoas.

No entanto, assim como acontece com o personagem, foi a sede de justiça a qualquer preço que acabou transformando Odilon em um refém de sua própria vida. Durante os 24 anos atuando na Justiça Federal, ele fez alguns bons inimigos e hoje coleciona em uma gaveta de seu gabinete centenas de inquéritos da polícia federal, gravações telefônicas, cartas, recortes de jornais, bilhetes saídos de presídios e extensas investigações – todos contendo planos e ameaças para matá-lo. Uma cena do filme mostra uma situação real: Odilon realmente chegou a dormir no Fórum de Ponta Porã temendo um atentado. “É um cara que queria prender os bandidos e acabou ele mesmo preso”, explica Mateus.

Interessado em levar o assunto da justiça para o cinema, Sergio Rezende começou a pesquisar e se deparou com a história deste juiz federal de Campo Grande. “O universo da fronteira é fascinante. É um lugar meio mágico, ninguém sabe muito bem o que acontece. Decidi mergulhar nisso, até porque a visão das pessoas está mudando. Se antigamente ninguém acreditava na justiça, hoje as pessoas voltaram a ter mais fé”, acredita.

  Todos os direitos reservados ao site: http://globofilmes.globo.com/noticia/em-nome-da-lei-historia-real/   https://www.youtube.com/watch?v=7i9zhlC-0wk

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