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Programa Mais Médicos - Brasil
Falta de remédios e especialistas ainda é problema em muitos municípios. Em algumas cidades, o número de médicos brasileiros caiu com o programa. O Profissão Repórter esteve em cinco estados para saber como estão trabalhando e vivendo os primeiros médicos estrangeiros que aderiram aos programa Mais Médicos. Acompanhamos a recepção em 2013 e o dia a dia de trabalho um ano e meio depois. Bahia Em Serra do Ramalho, na Bahia, a prefeitura não economizou na propaganda quando os três primeiros médicos chegaram. Hoje são oito. Os médicos do programa recebem uma bolsa de R$ 10 mil. No caso dos cubanos, o dinheiro é pago ao governo de Cuba, que repassa R$ 3 mil aos profissionais de saúde. A cidade de Serra do Ramalho nunca havia tido um médico residente, os cubanos foram os primeiros. Em 2012, só 38% do município tinha cobertura do programa Saúde da Família. Hoje os médicos atendem 98% da população, mas alguns problemas continuam. A falta de medicamentos prejudica aqueles que precisam de tratamento. Desde que os médicos chegaram à Serra do Ramalho, a mortalidade infantil caiu 56%. Com as visitas domiciliares, eles avaliam os fatores de risco e orientam melhor os pacientes, até mesmo sobre amamentação. Amazonas Em Manaus, o médico espanhol chegado em 2013 está totalmente integrado à comunidade. No espaço cedido por uma igreja, ele dá palestras para as mulheres sobre câncer de mama. Mais de 800 famílias ocuparam um grande terreno ao lado da UBS onde o espanhol atende. Em pouco mais de um ano, o número de pacientes dobrou. Oitenta crianças nasceram desde que o médico chegou à comunidade. Pará O programa Mais Médicos já chegou a 73% dos municípios. Hoje a cidade de Cametá, com 120 mil habitantes, vai receber a primeira médica brasileira. O município fica a mais de seis horas de viagem por terra e água saindo de Belém. A médica Taísa Neville foi criada em Belém e estudou medicina na universidade estadual do Pará. “A expectativa é grande. Estou bastante ansiosa assim de estar conhecendo minha nova família. Porque a comunidade vai ser a minha nova família a partir de agora”. No primeiro dia de trabalho, Taísa atendeu 20 pacientes. Este ano, os brasileiros vão ocupar 85% das vagas do Mais Médicos. Em 2013, eram 10%. Uma novidade do programa é oferecer como benefício um bônus de 10% na prova que dá acesso à residência médica. Isso atraiu mais profissionais. O Pará é o estado que enfrenta mais dificuldades para preencher as vagas do programa Mais Médicos. O município de Limoeiro do Ajuru ainda não conseguiu nenhum dos quatro médicos que queria contratar. Parte dos 20 mil moradores da cidade moram em ilhas isoladas.
https://youtu.be/n8j8jMBuWDY
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